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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O Que filosofia antigamente e como e hoje?

Antigamente
Segundo autores da antiguidade referencer que a palavra "Filosofia" significa amor pela sabedoria, do grego philos (amigo ou amante) e sophia ( sabedoria ou conhecimento). A Filosofia começa quando não tomamos mais as coisas como certas, questionamos como as coisas são. Para Platão (428 - 354 a.C.), um dos antigos filósofos que viveu há mais de dois mil anos, a filosofia é fruto da capacidade do homem de se admirar com as coisas.

Uma historinha que nos explica bem o significado da filosofia e sobre o que é ser filósofo é contada no livro O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder. Nessa história, o autor compara o Universo a um coelhinho branco tirado de uma cartola por um mágico, e nós, seres humanos, ele compara com seres microscópicos que viviam nos pêlos do coelho. Assim, os bebés e as criancinhas nascem nas pontas do pêlo do coelho, mas, conforme elas crescem, vão se escorregando pelos pêlos e, quando aquelas crianças já eram adultas, elas já estavam na pele do animal. Como este lugar é bem quentinho e macio, estas pessoas acabam se acomodando neste lugar e ali ficam pelo resto de suas vidas. Já a explicação desta história é a seguinte: Os bebés e as crianças quando nascem são extremamente curiosos, prestam atenção em tudo, realmente reparam tudo o que as cerca, e, por isso, elas estão nas pontas dos pêlos do coelho. Conforme estas crianças vão crescendo, elas vão parando de se admirar com o mundo que as cerca, vão se "habituando" com tudo, vão deixando de lado a curiosidade. Assim, elas já estão escorregando nos pêlos em direcção a sua base. Quando se tornam adultas, elas já não têm mais curiosidade nenhuma sobre o mundo, elas acham que tudo que acontece é normal, que nada é diferente, nada lhe chama a atenção, ou seja, elas se acomodam com o mínimo de informações necessárias. Estas pessoas já estão na pele do coelho e ali se acomodaram e não tem perspectiva nenhuma de sair daquele lugar. Os filósofos são aqueles que não querem se acomodar na pele do coelho,eles questionam o mundo a vida toda, buscam respostas para suas perguntas, pois amam o saber, o conhecimento. Assim, os filósofos são aqueles que saem da pele do coelho e escalam seu pêlo, para chegar até as pontas do mesmo, para assim poder olhar para todo o universo e, principalmente, para tentar olhar nos olhos do grande mágico que tirou o coelho da cartola!!!

Filosofia (do grego Φιλοσοφία: philia - amor, amizade + sophia - sabedoria) modernamente é uma disciplina, ou uma área de estudos, que envolve a investigação, análise, discussão, formação e reflexão de ideias (ou visões de mundo) em uma situação geral, abstracta ou fundamental. Originou-se da inquietação gerada pela curiosidade humana em compreender e questionar os valores e as interpretações comumente aceitas sobre a sua própria realidade. As interpretações comumente aceitas pelo homem constituem inicialmente o embasamento de todo o conhecimento. Estas interpretações foram adquiridas, enriquecidas e repassadas de geração em geração. Ocorreram inicialmente através da observação dos fenômenos naturais e sofreram influência das relações humanas estabelecidas até a formação da sociedade, isto em conformidade com os padrões de comportamentos éticos ou morais tidos como aceitáveis em determinada época por uma determinado grupo ou determinada relação humana. A partir da Filosofia surge a Ciência, pois o Homem reorganiza as inquietações que assolam o campo das idéias e utiliza-se de experimentos para interagir com a sua própria realidade. Assim a partir da inquietação, o homem através de instrumentos e procedimentos equaciona o campo das hipóteses e exercita a razão. São organizados os padrões de pensamentos que formulam as diversas teorias agregadas ao conhecimento humano. Contudo o conhecimento científico por sua própria natureza torna-se suscetível às descobertas de novas ferramentas ou instrumentos que aprimoraram o campo da sua observação e manipulação, o que em última análise, implica tanto na ampliação, quanto no questionamento de tais conhecimentos. Neste contexto a filosofia surge como "a mãe de todas as ciências".

Nos dias de Hoje 
O olhar do filosófico é aquele que observa o todo em um angulo digamos de 360 graus, em síntese entre as características da atividade filosófica esta o insaciável interesse em investigar, a sua curiosidade, seu instinto de conhecer o conduz a procurar conhecer os mistérios da physis e do cosmo, desvelar a essência da natureza das "coisas e fatos" que dizem respeito à sociedade.
Essencialmente a atividade filosófica reside em se afastar do objeto pesquisado ovéu, a fumaça que encobre os nossos olhos de enxergar o objeto como realmente ele é. Outra característica dessa atividade esta na imparcialidade de seu julgamento dos fatos, das coisas.
Devido às características aqui apresentadas da ciência filosófica é peculiar professores e autoridades públicas a questionar a introdução da filosofia no roll das disciplinas escolares obrigatórias.
Em uma sociedade como a brasileira que busca ingressar no roll dos países ricos, afinal o governo lula, os especialistas em política externa, empresários, entre outros consideram o Brasil um país emergente e muito importante é primordial desenvolver a educação formal e não formal da população brasileira.
Desta forma que ciência poderia constituir-se mais essencial ao processo de desenvolvimento da educação do que a filosofia, em outras palavras, a filosofia difere das demais ciências, seu objetivo é à busca da realidade do pensamento humano, podemos dizer que a atividade filosófica é a busca pelo conhecimento, pela sabedoria.
            A relação da educação e da filosofia vem desde a Grécia antiga. Na Grécia os filósofos que procuravam à arete humana, foram os primeiros a discutir a relação entre a educação e a filosofia, mais precisamente a filosofia da educação.
Os filósofos gregos enxergavam na educação um caminho necessário para o avanço da comunidade grega em busca de uma cultura ideal. Esse caminho era necessário para o homem alcançar o conhecimento inteligível, para levar o homem ao caminho da sabedoria.
Segundo Platão o papel da filosofia é contribuir para a elevação da alma humana, proporcionando ao homem o esclarecimento da verdadeira sabedoria. Assim, o homem alcançaria à intenção, o ato, a idéia de uma educação, cultura para a virtude.
A educação cumpre um papel importante na formação do individuo, sobretudo o papel da filosofia no ensinamento dos valores humanos mais nobres. Contudo devido ao caráter técnico do pensamento moderno parece difícil assegurar um lugar para o ensino de filosofia na escola e na sociedade como um todo.
Estamos vivendo um período em que se esqueceu totalmente o ensinamento aristotélico da busca do bem e da verdade. Encontramo-nos imersos nas tendências tecnológicas e delas dependemos de modo brutal e definitivo. Desta forma, a nossa estrutura de ensino suprime o conteúdo filosófico porque os indivíduos não devem refletir e nem indagar sobre a sua realidade.
  Para os gregos a educação possuía um valor extremamente amplo porque não se restringia a especialização, ou seja, o homem era formado em todas as suas capacidades. Tanto é que os homens mais importantes da Grécia antiga eram os que se colocavam a serviço da comunidade.
Esse estilo ético é que falta ao político brasileiro, porque, como dissemos anteriormente, preocupa-se em levar vantagem em tudo. Mas esse comportamento não é somente exclusivo dos representantes do povo, a maioria dos estudantes, professores, trabalhadores, agricultores, profissionais liberais, religioso (a)s pensam assim. Isso significa que a curto prazo não existe possibilidade de mudança na mentalidade dos cidadãos brasileiros.
Com efeito, usa-se muito a palavra ética em nosso país, mas na verdade é rara a efetivação dela, e isso é uma contradição que a maioria dos letrados ignora. Contudo, é importante lembrar que a política não pode tornar o homem justo, mas ela pode mudar a realidade social. Assim, a justiça deveria ser a condição anterior para ser um bom político.  Portanto, para ser um bom homem público antes de qualquer outra a condição para que o indivíduo seja um bom político é ser justo. Ora, sendo justo ele saberá governar a vida em comunidade com propriedade e sem excessos.
Para os gregos, a preocupação com o bem comum englobava o cuidado do Ethos social, ambiental e global. O zelo pelo relacionamento com os outros, o respeito pelo planeta e a valorização dos recursos naturais era uma característica do oikos, modelo de vida deste povo. Para Hanna Arendt, o fenômeno se explica de certa forma pela separação entre discurso e ação:

Na experiência da polis, que com alguma razão, tem sido considerada o mais loquaz dos corpos políticos, e mais ainda na Filosofia Política que dela surgiu, a ação e o discurso separaram-se e tornaram-se atividades cada vez mais independentes. (ARENDT, 2001: 35).     

O conceito da ética não pode permanecer restrito ao aspecto particular, singular, ou seja, precisa expandir-se e ir além da preocupação singular, tornando-se um conceito e uma ação relacionados ao todo. A conduta ética precisa estar de acordo com a preservação do oikos, ou seja, do meio em que vivemos porque, como afirmavam os gregos, as duas esferas da vida (privada e pública) devem estar em equilíbrio.
Isso significa que na relação social não pode haver hegemonia da necessidade individual e nem a supressão da individualidade pela força da coletividade. O singular não pode anular o comunitário e o comunitário não pode anular o individual. Moralmente, o conjunto de hábitos de um homem não pode se suplantar à comunidade e a comunidade também não pode levar a deturpação de valores éticos para o indivíduo, sabendo que ética é uma reflexão sobre os valores humanos. 
Cidadania (do latim, civitas, "cidade") é o conjunto de direitos, e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive. O conceito de cidadania tem origem na Grécia clássica, sendo usado então para designar os direitos relativos ao cidadão, ou seja, o indivíduo que vivia na cidade e ali participava ativamente dos negócios e das decisões políticas. Cidadania pressupunha, portanto, todas as implicações decorrentes de uma vida em sociedade.
A história da cidadania confunde-se em muito com a história das lutas pelos direitos humanos. A cidadania esteve e está em permanente construção; é um referencial de conquista da humanidade, através daqueles que sempre lutam por mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, e não se conformam frente às dominações arrogantes, seja do próprio Estado ou de outras instituições ou pessoas que não desistem de privilégios, de opressão e de injustiças contra uma maioria desassistida e que não se consegue fazer ouvir, exatamente por que se lhe nega a cidadania plena cuja conquista, ainda que tardia, não será obstada.
Ser cidadão é ter consciência de que é sujeito de direitos. Direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade, enfim, direitos civis, políticos e sociais. Mas este é um dos lados da moeda. Cidadania pressupõe também deveres.
 A filosofia vem pra proteger esse idealista que está se remexendo da cadeira, mostrar atalhos seguros na escalada, até chegar ao topo da caverna e voltar.
Esse é um resumo do Mito da Caverna, o capítulo VII do livro A República, que é de autoria do filósofo grego Platão. Mesmo escrito no século IV a.C., continua atual. Aliais, existem várias obras que se referem a esse mito como o filme Matrix e o livro Alice no País das Maravilhas. Questione-se: será que os muitos líderes do presente e do passado, não são as sombras do Mito da Caverna? Ou são os amos? Será que não está faltando filósofos na política?

Autoria:Reberte sá

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Vida: Immanuel Kant

Segundo Rubem Queiroz Cobra, Doutor em Geologia e bacharel em Filosofia.
Immanuel Kant, filósofo alemão, em geral considerado o pensador mais influente dos tempos modernos, nasceu em Königsberg, atual Kaliningrado, em 22 de abril de 1724. Não casou nem teve filhos, falecendo em 1804 aos 80 anos.
Kaliningrado, situa-se onde foi a Prússia Oriental, um território no litoral sul do Báltico, parte da Rússia desde 1946.
O território da Prússia foi adquirido à Polônia por Frederico Guilherme o Grande Eleitor de Brandenburgo de 1640 a 1688. Em 1701, Frederico III de Brandemburgo teve permissão de Leopoldo I, Imperador do Sacro Império Romano, para usar o título de Frederico I, rei da Prússia. Seu filho, Frederico Guilherme I (1713-1740), formou um exército bem equipado (o terceiro da Europa, depois da Rússia e da França) e levantou a economia do reino principalmente com a indústria de lã com que vestia o exército. Casou com Sofia Dorotéa, filha de George Luís, eleitor de Hanôver (O último dos três patronos a que Leibniz serviu em Hanôver), que veio a ser George I da Inglaterra. Frederico II, O Grande (1740-1786), sucessor de Frederico Guilherme, usou o poderoso exército da Prússia para tomar a grande e próspera província da Silésia à Áustria dos Habsburgo (1740), e sob seu reinado o filósofo viveu a maior parte de sua vida, toda ela vivida em Königsberg..
Kant era filho de um artesão que trabalhava couro e fabricava selas. Sua mãe, de origem alemã, embora não tivesse estudo, foi mulher admirada pelo seu caráter e pela sua inteligência natural. Ambos seus pais eram do ramo pietista da Igreja Luterana, uma subdenominação que requeria dos fieis vida simples e integral obediência à lei moral.
Estudos primários. A influência de seu pastor permitiu a Kant, o 4o. de 11 crianças, porém o mais velho sobrevivente, entrar na escola pietista onde estudou por oito anos e meio principalmente os clássicos latinos. Ele confessou a sua preferência de então pelo naturista Lucrécio, e talvez o tenha impressionado o livro IV do poema De rerum natura, onde Lucrécio descreve a mecânica dos sentidos e do pensamento.
Em 1740, aos dezesseis anos, Kant entrou para a universidade de Königsberg onde estudou até aos 21 anos. Apesar de ter assistido a cursos de teologia e até pregado alguns sermões, ele foi atraído mais pela matemática e a física. Ajudado por um jovem professor, Martin Knutzen, que havia estudado com Christian Wolff, um sistematizador da filosofia racionalista, e que também era um entusiasta da ciência de Sir Isaac Newton, ele começou a ler os trabalhos deste físico inglês e, em 1744, iniciou seu primeiro livro, o qual tratava de um problema relativo a forças cinéticas: "Ideias sobre a Maneira Verdadeira de Calcular as Forças Vivas".
Aos 21 anos –  apesar de que a esta altura tivesse decidido a seguir uma carreira acadêmica –, com a morte de seu pai em 1746 e o seu fracasso em obter o posto de sub-tutor em uma das escolas ligadas à universidade, Kant se viu obrigado a desistir temporariamente de seu projeto e a buscar meios imediatos de se manter. Foi compelido a suspender os estudos universitários e ganhar a vida como tutor particular. Durante nove anos manteve essa ocupação, atividade em que foi bem sucedido e que lhe permitiu conviver com a sociedade mais influente e refinada de seu tempo. Serviu a três famílias diferentes, tendo nesse período viajado à cidade próxima de Arnsdorf. Em 1755 ele retornou a Königsberg e lá passou o restante de sua vida.
Retorno à universidade: Em 1755, ajudado pela bondade de um amigo, Kant pode completar seus estudos na universidade. Obteve seu doutorado e assumiu a posição de livre docente (Privatdozent, professor sem salário). Três dissertações que ele apresentou na habilitação a esse posto indicam o interesse e rumo de seu pensamento nessa época. Em uma, "Sobre o fogo", ele argumenta, muito ao jeito aristotélico, que os corpos agem uns sobre os outros através de uma matéria sutil e elástica uniformemente difusa que é a substância básica de ambos calor e luz.
A seguir, por 15 anos, ele ensinou na universidade, primeiro dando aulas de ciência e matemática, mas gradualmente ampliando seu campo de interesse a quase todos os ramos da filosofia. A Física newtoniana o impressionou, não apenas pelas suas implicações filosóficas quanto pelo seu conteúdo científico. Impressionou-o igualmente as asserções leibnizianas, as quais criticaria no futuro.
Sua fama como professor e escritor aumentou constantemente durante seus 15 anos como livre-docente. Cedo ele já lecionava sobre muitos assuntos além de física e matemática, incluindo lógica, metafísica, e filosofia moral. Até mesmo ensinou sobre fogos de artifício e fortificações e cada verão, por 30 anos, deu um curso popular sobre geografia física. Seu estilo, que diferia grandemente daquele de seus livros, era humorístico e vivo, vivificados por muitos exemplos de suas leituras em literatura inglesa e francesa, viagem e geografia, ciência e filosofia.
Apesar de que as aulas e os trabalhos escritos nesses 15 anos como livre-docente estabeleceram sua reputação como um filósofo original, ele não recebeu uma cadeira na universidade até 1770, quando foi feito professor de lógica e metafísica, uma posição que manteve até 1797, continuando nesses 27 anos a atrair grande número de estudantes para Königsberg.
Conflito com o governo. O ensino não ortodoxo de religião de Kant, que era baseado no racionalismo mais que na revelação, o colocaram em conflito com o governo da Prússia, e em 1792 ele foi proibido pelo rei Frederico Guilherme II de ensinar ou escrever sobre temas religiosos. Ele obedeceu essa ordem por cinco anos, até a morte do Rei e então sentiu-se liberado dessa proibição. Em 1798, o ano que se seguiu a sua aposentadoria da universidade, publicou um resumo de seus pontos de vista religiosos.
Sedentarismo. Apesar de que ele falhou duas vezes em obter uma cátedra em Konigsberg, Kant recusou aceitar ofertas que o teriam levado para fora, inclusive o professorado de literatura em Berlim, que lhe teria dado grande prestígio. Preferiu a paz de sua cidade natal para trabalhar e desenvolver seu pensamento. Sua filosofia crítica brevemente estava sendo ensinada em cada universidade de língua alemã importante, e os jovens afluíam a Königsberg como à Meca da Filosofia. Em alguns casos o governo prussiano até pagava- lhes as despesas. Kant passou a ser consultado como um oráculo em todo tipo de questão, inclusive em assuntos como a legalidade da vacinação.
Vida sistemática. As muitas homenagens não interromperam os hábitos regulares de Kant, que seguiu sempre sua rotina de trabalho e investigação filosófica sobre a vasta gama de tópicos que se pode ver da lista de seus trabalhos. Com pouco mais de 1,50 m de altura, com o peito deformado e sofrendo de saúde precária, Kant manteve através da sua vida um severo regime. Era um sistema cumprido com tal regularidade que as pessoas diziam poder acertar os relógios de acordo com sua caminhada diária ao longo da rua que depois recebeu o nome, em sua homenagem, de "Caminhada do Filósofo". Até que a idade o impediu, sabe-se que ele somente perdeu sua aparição regular na ocasião em que o "Emile", de Rousseau, o fascinou tanto que, por vários dias, ele ficou em casa ocupado com sua leitura..
Morte. Após um declínio gradual que foi muito doloroso para seus amigos tanto quanto para ele próprio, Kant morreu em Königsberg em 12 de fevereiro de 1804. Suas últimas palavras foram "isto é bom".


                                                                                                       Autor: Reberte Sá 


“Carta de um caipira”

Para: Maria Simira da Luz,
Muié arretada que tando longe ou do meu lado
Serei seu eterno iscravo.

Maria,
Me espera que tô chegando
Meu coração todo dia recrama
Eles inxiste dizer que a gente fala errado
Que a gente é burro e não progride nada
Mas a gente num fala errado
Eles tão compretamente enganado
Errado é o que eles faz cum o mundo
Aqui nessa tá de cidade tudo é compricado
É morte e viorência o tempo todo
O ar é poruido e os rio num tem pêxe
Aqui tumbem tem gente que sofre fome
E por pôco eu num durmo imbaxo das ponte
Que sodade da minha terra, dos minino,
dos bicho, das pranta e dos amigo
Maria, toda noite eu sonho cuntigo
Qui-acolá escuto na radia os home do guverno
Dizendo que vão miorar nossa vida
Que vão gerá mais imprego
Mas num sei não               
Esses cabra mente pra gente o tempo intêro
Eu tava no corte de cana
Mas um pião que cortava cumigo, disse:
_ Amigo, é na cidade é que tá a grana!
Tô catando latinha e papelão
Já tô cum a passagem de vorta
Mas quero levar um presente pro cê, meu coração!
Num se preocupa cumigo que até lá eu mi viro
O mundo aqui é outro
Mas cum fé e coragem a gente sobrevive, num é?
Maria, meu mel!
Aqui me despeço sem muito intervalo
Em breve estarei nos teu braço
Dividindo a merma emoção
De tá junto de novo
No nosso Sertão.

Ass: Zé do Carmo, seu eterno namorado!

domingo, 9 de outubro de 2011

"POR QUE" e "PARA QUE" existe o CAFILO?


Artigo 2º. São Princípios e finalidades do Centro Acadêmico dos Alunos de Filosofia do IESAP (CAFILO):

I - a defesa incondicional dos interesses e direitos difusos, individuais e coletivos dos seus associados, sem qualquer distinção de raça, cor, nacionalidade, sexo, ou convicção política, religiosa ou social;
II - manifestar-se publicamente, sempre que necessário, em nome dos estudantes representados, se solidarizando com as reivindicações dos estudantes e das associações estudantis;
III - promover intercâmbio, integração e fortalecimento dos movimentos sociais, em especial das entidades do movimento estudantil;
IV - a luta permanente pela qualidade de ensino e o aperfeiçoamento das atividades acadêmicas;
V - defender que a Educação seja priorizada em um plano de desenvolvimento nacional,      afirmando sempre o caráter público, gratuito, democrático e social do Ensino Superior;
VI - defender a democracia, a liberdade, a paz e a justiça social, lutando contra todas as formas de opressão dentro e fora da Instituição de Ensino;
VII - promover a aproximação entre os corpos discente, docente e técnico-administrativo do IESAP, preservando cada qual a sua autonomia.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Associação dos Graduados e Acadêmicos de Filosofia do Amapá

A segunda reunião Pró-Afia, realizada no Iesap, no dia 1º de outubro, mostrou que a coisa veio para ficar, a participação está crescendo e com ela o interesse em debater a filosofia no Amapá.

Alguns pontos que estamos discutindo para a formação da AFIA (Associação dos Graduados e Acadêmicos de Filosofia do Amapá):
1. Os cursos de Filosofia no Amapá e a qualidade dos mesmos;
2. Filosofia no Ensino Fundamental do Amapá(1º ao 9º ano);
3. Reestruturação da Organização curricular da Filosofia no Ensino médio Estadual;
4. Formação Continuada de filosofia p/ Professores da educação básica;
5. Os espaços acadêmicos da Filosofia ocupados por outros profissionais nas IES (Inst. de Ensino Supeior);
6. Cursos de Pós-graduação em Filosofia;
7. Instrumentos/espaços p/ publicação filosófica local;
8. Programas de Extensão filosófica;
9. Programas de incentivo/apoio à pesquisa filosófica amazônica/amapaense;
10. Encontros/eventos filosóficos no amapá e espaços p/ debates permanentes;
11. Concurso público p/ professor de Filosofia no ensino médio.

Outros pontos deverão surgir, mas sem dúvida a preocupação com o pensamento e o conhecimento amazônida numa perspectiva emancipadora, a formação e a ética profissional, o crescimento intelectual, a participação social e política efetivamente, devem ser sempre os fundamentos e as finalidades de nossas discussões. Pois, se a filosofia nasce do admirar-se ela só se realiza no, e através do, diálogo. Além do mais, quem não se preocupa com tudo isso, também não se preocupa com o crescimento e a emancipação do outro, logo não pode e nem deve ser professor, muito menos de Filosofia.
A próxima reunião Pró-AFIA será na UEAP (centro), as 18h, no dia 08/10/2011 (sábado). PARTICIPE!!! Contatos: CAs de Filosofia do IESAP e da UEAP ou pelos celulares: 8142 4887 e 9165 1515

domingo, 25 de setembro de 2011

Atenção! Convocação Dos Acadêmicos e Graduados de FILOSOFIA do Amapá,.

A última reunião dos acadêmicos e graduados de Filosofia do estado do Amapá, realizada no prédio do IESAP, com o objetivo de iniciar as discussões para a construção da Associação de Filosofia do estado, foi muito proveitosa, contando com uma boa participação.
Uma próxima reunião foi marcada para o dia Primeiro de Outubro de 2011, Horário 16 horas, Local No Prédio do IESAP, e dessa vez deve contar com uma participação maior tanto de acadêmicos das duas intituições que oferecem o curso de licenciatura em Filosofia no Amapá, IESAP e UEAP, quanto com graduados interessados em discutir temas que possam melhorar a experiência filosófica por essas bandas, bem como, garantir mais espaços para a filosofia e seus profissionais.
Local: IESAP (Ao Lado Do Trem Esportivo Clube), Na Sala De Vídeo.
Compareça!



Centro Acadêmico de Licenciatura em Filosofia-IESAP.(CAFILO)

2º Reunião Oficial Do Centro Acadêmico de Filosofia-CAFILO

No Dia dez de Setembro do ano de dois mil e onze, nas dependências do Instituto de Ensino Superior do Amapá, Na cidade de Macapá, com Inicio as dezoito horas e trinta minutos, reuniram-se em caráter ordinário, os membros do Centro Acadêmico dos alunos de Filosofia, Sigla "CAFILO", para tratar Sobre a seguinte Ordem do Dia: 1) Organização do Calendário. 2) Organização de Seminário. 3) A Formação da comissão do seminário:Gil, Reberte e Pablo. 4) Compor a comissão para fundação da associação Acadêmicos e graduados de Filosofia: Roger e Alexsandro. 5) Formação do DCE. Nada mais havendo a tratar, o presidente da mesa, Diemerson encerrou a Reunião, do que para constar, eu, Reberte secretário, lavrei a presente ata, que segue assinada por todos os presentes. Terminou as dezenove horas e vinte sete minutos.




Secretário: Reberte sá
Presidente: Diemerson
Componentes Presentes Na Reunião:
1-Gil Moura
2-Diemerson Goés
3-Wemerson de Brito
4-Reberte Sá
5-Pablo Corréa
6-Alexsandro de Araújo
7-Daniel Costa



Macapá, 10 de setembro de 2011

sábado, 10 de setembro de 2011

O PRINCÍPIO

                                                                  VOO LIVRE!*

Uma senhora de 50 anos num belo dia acorda e resolve mudar radicalmente sua vida. Termina um casamento de mais de 30 anos com um homem que para muitas seria o ideal para se envelhecer do lado. Afasta-se de toda uma vida bem estruturada com filhos, netos e uma boa posição social e sai no mundo em busca de novas sensações, outras experiências.

O que para muitos seria pura maluquice de uma "velha" (caduquice?), representa o desejo que no fundo todos experimentam, uma hora ou outra, de dar sentidos mais significantes em suas existências. O problema é que nem todo mundo é tão louco (ou corajoso) quanto esta senhora e deixar tudo para trás. Coisas que se passa "uma vida" para conquistar, possuir. E que de certa forma estão na base dos valores socialmente cultuados: uma boa família, uma boa renda, um bom/boa companheiro(a), um bom patrimônio...

Mas o porquê de deixar tudo isso e se arriscar no incerto, no vazio? O que essa senhora e tantas outras pessoas que parecem desprezar os valores socialmente aceitos desejam, enfim, encontrar? Por que deixar aquela pessoa que te ama tanto? Por que deixar aquele belo emprego? Por que deixar o curso de direito, de medicina ou de engenharia? Por que deixar de puxar o saco do patrão, deixar de aguentar aquele(a) cônjuge mala, deixar aquela vida pacata e segura?

Talvez (e só talvez) essas pessoas nos ensinem que a vida é tão curta para a gente perder tanto tempo em coisas que não nos fazem felizes ou que não nos dão nenhum sentido especial de se estar vivo. Talvez (e só talvez) esses seres nos mostrem que a vida que levamos é uma opção que fazemos, e que não adianta culpar o governo ou o destino. Nós fazemos nossas existências conforme as nossas decisões dentro das circunstâncias em que vivemos. Muito existencialista isso? Talvez ( e só talvez)...

O fato é que ao nascermos só temos uma certeza absoluta: saltamos para um voo livre, e que não importa a religião, a renda, o dinheiro ou o poder tudo chegará inevitavelmente ao fim! Não só o voo, a queda também é livre. O que cada um fará em seu voo? Bom, uns podem preferir entrar nas gaiolas, e se iludirem com a falsa segurança, outros podem querer sentir, mesmo que por pouco tempo e com todos os riscos, a liberdade.

Aliás, o que você faria se soubesse que iria morrer em breve? E quem disse que não vai...? 

(*Texto publicado no blog "nativodamata.blogspot.com")
Gil Mauro