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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O Que filosofia antigamente e como e hoje?

Antigamente
Segundo autores da antiguidade referencer que a palavra "Filosofia" significa amor pela sabedoria, do grego philos (amigo ou amante) e sophia ( sabedoria ou conhecimento). A Filosofia começa quando não tomamos mais as coisas como certas, questionamos como as coisas são. Para Platão (428 - 354 a.C.), um dos antigos filósofos que viveu há mais de dois mil anos, a filosofia é fruto da capacidade do homem de se admirar com as coisas.

Uma historinha que nos explica bem o significado da filosofia e sobre o que é ser filósofo é contada no livro O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder. Nessa história, o autor compara o Universo a um coelhinho branco tirado de uma cartola por um mágico, e nós, seres humanos, ele compara com seres microscópicos que viviam nos pêlos do coelho. Assim, os bebés e as criancinhas nascem nas pontas do pêlo do coelho, mas, conforme elas crescem, vão se escorregando pelos pêlos e, quando aquelas crianças já eram adultas, elas já estavam na pele do animal. Como este lugar é bem quentinho e macio, estas pessoas acabam se acomodando neste lugar e ali ficam pelo resto de suas vidas. Já a explicação desta história é a seguinte: Os bebés e as crianças quando nascem são extremamente curiosos, prestam atenção em tudo, realmente reparam tudo o que as cerca, e, por isso, elas estão nas pontas dos pêlos do coelho. Conforme estas crianças vão crescendo, elas vão parando de se admirar com o mundo que as cerca, vão se "habituando" com tudo, vão deixando de lado a curiosidade. Assim, elas já estão escorregando nos pêlos em direcção a sua base. Quando se tornam adultas, elas já não têm mais curiosidade nenhuma sobre o mundo, elas acham que tudo que acontece é normal, que nada é diferente, nada lhe chama a atenção, ou seja, elas se acomodam com o mínimo de informações necessárias. Estas pessoas já estão na pele do coelho e ali se acomodaram e não tem perspectiva nenhuma de sair daquele lugar. Os filósofos são aqueles que não querem se acomodar na pele do coelho,eles questionam o mundo a vida toda, buscam respostas para suas perguntas, pois amam o saber, o conhecimento. Assim, os filósofos são aqueles que saem da pele do coelho e escalam seu pêlo, para chegar até as pontas do mesmo, para assim poder olhar para todo o universo e, principalmente, para tentar olhar nos olhos do grande mágico que tirou o coelho da cartola!!!

Filosofia (do grego Φιλοσοφία: philia - amor, amizade + sophia - sabedoria) modernamente é uma disciplina, ou uma área de estudos, que envolve a investigação, análise, discussão, formação e reflexão de ideias (ou visões de mundo) em uma situação geral, abstracta ou fundamental. Originou-se da inquietação gerada pela curiosidade humana em compreender e questionar os valores e as interpretações comumente aceitas sobre a sua própria realidade. As interpretações comumente aceitas pelo homem constituem inicialmente o embasamento de todo o conhecimento. Estas interpretações foram adquiridas, enriquecidas e repassadas de geração em geração. Ocorreram inicialmente através da observação dos fenômenos naturais e sofreram influência das relações humanas estabelecidas até a formação da sociedade, isto em conformidade com os padrões de comportamentos éticos ou morais tidos como aceitáveis em determinada época por uma determinado grupo ou determinada relação humana. A partir da Filosofia surge a Ciência, pois o Homem reorganiza as inquietações que assolam o campo das idéias e utiliza-se de experimentos para interagir com a sua própria realidade. Assim a partir da inquietação, o homem através de instrumentos e procedimentos equaciona o campo das hipóteses e exercita a razão. São organizados os padrões de pensamentos que formulam as diversas teorias agregadas ao conhecimento humano. Contudo o conhecimento científico por sua própria natureza torna-se suscetível às descobertas de novas ferramentas ou instrumentos que aprimoraram o campo da sua observação e manipulação, o que em última análise, implica tanto na ampliação, quanto no questionamento de tais conhecimentos. Neste contexto a filosofia surge como "a mãe de todas as ciências".

Nos dias de Hoje 
O olhar do filosófico é aquele que observa o todo em um angulo digamos de 360 graus, em síntese entre as características da atividade filosófica esta o insaciável interesse em investigar, a sua curiosidade, seu instinto de conhecer o conduz a procurar conhecer os mistérios da physis e do cosmo, desvelar a essência da natureza das "coisas e fatos" que dizem respeito à sociedade.
Essencialmente a atividade filosófica reside em se afastar do objeto pesquisado ovéu, a fumaça que encobre os nossos olhos de enxergar o objeto como realmente ele é. Outra característica dessa atividade esta na imparcialidade de seu julgamento dos fatos, das coisas.
Devido às características aqui apresentadas da ciência filosófica é peculiar professores e autoridades públicas a questionar a introdução da filosofia no roll das disciplinas escolares obrigatórias.
Em uma sociedade como a brasileira que busca ingressar no roll dos países ricos, afinal o governo lula, os especialistas em política externa, empresários, entre outros consideram o Brasil um país emergente e muito importante é primordial desenvolver a educação formal e não formal da população brasileira.
Desta forma que ciência poderia constituir-se mais essencial ao processo de desenvolvimento da educação do que a filosofia, em outras palavras, a filosofia difere das demais ciências, seu objetivo é à busca da realidade do pensamento humano, podemos dizer que a atividade filosófica é a busca pelo conhecimento, pela sabedoria.
            A relação da educação e da filosofia vem desde a Grécia antiga. Na Grécia os filósofos que procuravam à arete humana, foram os primeiros a discutir a relação entre a educação e a filosofia, mais precisamente a filosofia da educação.
Os filósofos gregos enxergavam na educação um caminho necessário para o avanço da comunidade grega em busca de uma cultura ideal. Esse caminho era necessário para o homem alcançar o conhecimento inteligível, para levar o homem ao caminho da sabedoria.
Segundo Platão o papel da filosofia é contribuir para a elevação da alma humana, proporcionando ao homem o esclarecimento da verdadeira sabedoria. Assim, o homem alcançaria à intenção, o ato, a idéia de uma educação, cultura para a virtude.
A educação cumpre um papel importante na formação do individuo, sobretudo o papel da filosofia no ensinamento dos valores humanos mais nobres. Contudo devido ao caráter técnico do pensamento moderno parece difícil assegurar um lugar para o ensino de filosofia na escola e na sociedade como um todo.
Estamos vivendo um período em que se esqueceu totalmente o ensinamento aristotélico da busca do bem e da verdade. Encontramo-nos imersos nas tendências tecnológicas e delas dependemos de modo brutal e definitivo. Desta forma, a nossa estrutura de ensino suprime o conteúdo filosófico porque os indivíduos não devem refletir e nem indagar sobre a sua realidade.
  Para os gregos a educação possuía um valor extremamente amplo porque não se restringia a especialização, ou seja, o homem era formado em todas as suas capacidades. Tanto é que os homens mais importantes da Grécia antiga eram os que se colocavam a serviço da comunidade.
Esse estilo ético é que falta ao político brasileiro, porque, como dissemos anteriormente, preocupa-se em levar vantagem em tudo. Mas esse comportamento não é somente exclusivo dos representantes do povo, a maioria dos estudantes, professores, trabalhadores, agricultores, profissionais liberais, religioso (a)s pensam assim. Isso significa que a curto prazo não existe possibilidade de mudança na mentalidade dos cidadãos brasileiros.
Com efeito, usa-se muito a palavra ética em nosso país, mas na verdade é rara a efetivação dela, e isso é uma contradição que a maioria dos letrados ignora. Contudo, é importante lembrar que a política não pode tornar o homem justo, mas ela pode mudar a realidade social. Assim, a justiça deveria ser a condição anterior para ser um bom político.  Portanto, para ser um bom homem público antes de qualquer outra a condição para que o indivíduo seja um bom político é ser justo. Ora, sendo justo ele saberá governar a vida em comunidade com propriedade e sem excessos.
Para os gregos, a preocupação com o bem comum englobava o cuidado do Ethos social, ambiental e global. O zelo pelo relacionamento com os outros, o respeito pelo planeta e a valorização dos recursos naturais era uma característica do oikos, modelo de vida deste povo. Para Hanna Arendt, o fenômeno se explica de certa forma pela separação entre discurso e ação:

Na experiência da polis, que com alguma razão, tem sido considerada o mais loquaz dos corpos políticos, e mais ainda na Filosofia Política que dela surgiu, a ação e o discurso separaram-se e tornaram-se atividades cada vez mais independentes. (ARENDT, 2001: 35).     

O conceito da ética não pode permanecer restrito ao aspecto particular, singular, ou seja, precisa expandir-se e ir além da preocupação singular, tornando-se um conceito e uma ação relacionados ao todo. A conduta ética precisa estar de acordo com a preservação do oikos, ou seja, do meio em que vivemos porque, como afirmavam os gregos, as duas esferas da vida (privada e pública) devem estar em equilíbrio.
Isso significa que na relação social não pode haver hegemonia da necessidade individual e nem a supressão da individualidade pela força da coletividade. O singular não pode anular o comunitário e o comunitário não pode anular o individual. Moralmente, o conjunto de hábitos de um homem não pode se suplantar à comunidade e a comunidade também não pode levar a deturpação de valores éticos para o indivíduo, sabendo que ética é uma reflexão sobre os valores humanos. 
Cidadania (do latim, civitas, "cidade") é o conjunto de direitos, e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive. O conceito de cidadania tem origem na Grécia clássica, sendo usado então para designar os direitos relativos ao cidadão, ou seja, o indivíduo que vivia na cidade e ali participava ativamente dos negócios e das decisões políticas. Cidadania pressupunha, portanto, todas as implicações decorrentes de uma vida em sociedade.
A história da cidadania confunde-se em muito com a história das lutas pelos direitos humanos. A cidadania esteve e está em permanente construção; é um referencial de conquista da humanidade, através daqueles que sempre lutam por mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, e não se conformam frente às dominações arrogantes, seja do próprio Estado ou de outras instituições ou pessoas que não desistem de privilégios, de opressão e de injustiças contra uma maioria desassistida e que não se consegue fazer ouvir, exatamente por que se lhe nega a cidadania plena cuja conquista, ainda que tardia, não será obstada.
Ser cidadão é ter consciência de que é sujeito de direitos. Direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade, enfim, direitos civis, políticos e sociais. Mas este é um dos lados da moeda. Cidadania pressupõe também deveres.
 A filosofia vem pra proteger esse idealista que está se remexendo da cadeira, mostrar atalhos seguros na escalada, até chegar ao topo da caverna e voltar.
Esse é um resumo do Mito da Caverna, o capítulo VII do livro A República, que é de autoria do filósofo grego Platão. Mesmo escrito no século IV a.C., continua atual. Aliais, existem várias obras que se referem a esse mito como o filme Matrix e o livro Alice no País das Maravilhas. Questione-se: será que os muitos líderes do presente e do passado, não são as sombras do Mito da Caverna? Ou são os amos? Será que não está faltando filósofos na política?

Autoria:Reberte sá

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